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Os negócios no mundo pós pandemia

A pandemia trouxe uma série de mudanças em nossas vidas. O modo de se relacionar, de consumir e de empreender foram altamente impactados pelo isolamento social. Se antes essas esferas já se preparavam para transformações por causa do crescimento tecnológico, a COVID-19 com certeza acelerou este processo – mas tudo isso você já sabe, né?


Para evidenciar o óbvio, as companhias aderiram ao home office, as escolas passaram a transmitir aulas ao vivo e online e as pessoas passaram a se comunicar e se relacionar quase que exclusivamente através de uma tela! :o Mas, diante deste cenário, fica a questão: quais mudanças vieram para ficar e sobreviverão ao mundo pós-pandemia?


A retomada econômica é incerta para alguns setores. Nunca passamos por uma crise dessas, em que o mundo todo foi “desligado”, sabe? Algumas áreas sofreram e sofrerão menos e, por isso, poderão ser reativadas mais rapidamente. Por outro lado, alguns setores não têm a chamada “demanda reprimida” e, portanto, sentirão um impacto maior.

Quais as áreas mais afetadas pela pandemia?


Os restaurantes são um bom exemplo de negócio que não possui demanda reprimida; ou seja, as pessoas que não puderam almoçar nele, por estarem isoladas em casa, não almoçarão duas vezes por dia para recuperar os almoços perdidos. Dessa forma, o máximo que poderão chegar em determinado tempo é à sua antiga capacidade de produção, não recuperando os recursos financeiros perdidos. :/


Outro setor que vem sofrendo são as empresas de entrega, como a Fedex e UPS, que pediram ao governo dos EUA apoio para lidar com problemas logísticos causados pelo confinamento. Muitas pessoas acham que este setor não foi afetado devido ao aumento do número de clientes particulares que fizeram compras online, mas a demanda de empresas - as operações mais lucrativas – caiu demais, porque muitas tiveram que fechar suas portas ou reduzir suas atividades. E no final, são elas que mais impactam nos resultados das outras companhias, por terem mais pedidos e estes, serem mais constantes.


A pandemia também afetou amplamente o mercado de energia, principalmente o petróleo, porque a demanda por combustíveis de transporte caiu drasticamente com a restrição de movimentação de pessoas e mercadorias. A Raízen Combustíveis registrou uma queda de 50% nas vendas do Ciclo Otto (gasolina e etanol), de 25% nas vendas de diesel e de até 80% no segmento de aviação.


Estacionamentos e manobristas também sofrem, tanto pela diminuição de carros na rua, quanto pela preocupação com a higienização dos veículos, fazendo com que muitos motoristas optem por não deixarem seus carros com terceiros.

Quais áreas cresceram?


Chega de falar de coisa ruim! Vamos agora para as áreas que mais cresceram e quais as tendências que foram aceleradas neste cenário! De acordo com Fábio Mariano Borges, professor da ESPM/SP, “as 'tendências' que estão aflorando agora não são tendências novas. São caminhos que foram acelerados por causa da pandemia, numa via sem volta".


Nós tivemos que nos adaptar e acelerar o uso de acesso digital para atender nossas necessidades. As compras online, o delivery de refeições e o uso de transações bancárias eletrônicas eram uma tendência que já se materializou e não tem volta. Vai dizer que isso tudo não te ajudou em várias coisinhas do dia a dia? ;)


Podemos perceber uma crescente mudança cultural, em que, cada vez mais, as coisas se darão no meio digital e, também, nos ambientes pessoais. Tipo um ambiente híbrido! Vejamos:


De repente, as casas se tornaram o espaço principal. O lugar em que muitos chegavam correndo, apenas para dormir, e logo acordavam apressados para ir ao trabalho novamente, ganhou múltiplos usos. O lar se transformou em local de trabalho, escola, restaurante, academia, cinema, museu, etc....


A imposição de isolamento social foi má notícia para as academias, por exemplo, mas a venda de equipamentos de treinamento para quem faz exercício em casa aumentou. Conforme o relatório da consultoria Strategy Analytics, as vendas do Smartwatch cresceram 22% no início de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019.


Diante deste contexto, setores inteiros serão redesenhados. O sistema de saúde será um dos principais a serem transformados, já que a tecnologia possibilitará que ele seja muito mais ágil e adaptável, sem a necessidade de locomoções físicas para todas as consultas. Não deixaremos de ter médicos e hospitais, mas com uso de tecnologias wearables e Inteligência Artificial, o setor poderá ser muito mais digital!


Outra área que ainda possui um modelo muito antigo é a da educação. As aulas tradicionais presenciais terão de ser reimaginadas. As escolas e universidades devem ficar mais enxutas e o sistema EAD crescerá cada vez mais, ainda que as experiências proporcionadas pelo ambiente físico sejam insubstituíveis.


No campo alimentício, o futurista Rohit Bhatgava aponta o que ele chama de “restaurantes fantasmas”, ou seja, estabelecimentos que funcionam só com delivery. Com a possibilidade – e o medo – de novas ondas de pandemia, o setor de restaurantes deve ficar atento a mudanças no seu modelo de negócios.


As experiências culturais imersivas procuram conectar o real com o virtual, por meio de tecnologias como realidade aumentada e realidade virtual. Os tours virtuais a museus ganharam destaque durante a pandemia e, mais do que uma alternativa de sobrevivência, esses novos modelos podem representar uma democratização da cultura – sendo muito benéfico para a nossa sociedade!!!

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