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O Insucesso das Redes Sociais

Com o avanço e a consolidação da tecnologia e, principalmente, da internet, a popularidade das redes sociais cresce a cada ano que se passa, algumas chegando a ter bilhões de usuários, como o caso do Facebook (2,6 bi) e do Instagram (1 bi) – e você provavelmente faz parte delas! Antes dessas gigantes se estabelecerem no mundo inteiro, diversas redes foram criadas e tiveram os seus dias de glória, como o Orkut, afinal, quem nunca fez parte de alguma de suas hilárias comunidades? Acho que todo mundo lembra da “Eu Odeio Acordar Cedo”, que contava com 61 milhões de membros :o


Porém muitas foram descontinuadas... Mas por que essas redes sociais não tiveram o mesmo sucesso de outras?


Bom, o maior motivo foi com certeza a concorrência, principalmente na última década, por isso, antes de efetivamente responder à pergunta, é necessário compreender esse cenário de 10 anos. Segundo a empresa Statista, em 2010, as redes sociais contavam com menos de um bilhão de usuários no mundo inteiro, número que triplicou em 2020, chegando a ser maior que 3,6 bilhões de pessoas e com projeção de 4,41 bilhões em 2025.


Voltando para o início da década, em 2010 - 2011, o mundo conheceu o Instagram, que foi o turning point para a forma como compartilhamos informações e fazemos negócios na internet, passando do texto para imagens. Desde então, a rede vem se atualizando frequentemente, trazendo filtros cada vez mais interessantes, recursos como o Story, IGTV, lives e Reels - por mais que eles tenham sido cópias de outras plataformas… O app foi primeiramente lançado para iOS e, em poucas horas, já havia atingido a marca de 10 mil downloads, até que, em 2012, foi comprada pela Facebook.


Em 2011, também nos apresentaram o Snapchat, que veio com um conceito parecido do Instagram de utilização de imagens ao invés de textos, mas com a ideia de serem fotos rápidas, que após serem abertas, o usuário tinha apenas 10 segundos para ver, algo que serviu de inspiração para diversas outras plataformas. Mesmo que o Snapchat não tenha o mesmo sucesso de antigamente no Brasil, nos Estados Unidos a rede ainda é bastante utilizada pelos usuários.


O período de 2012 a 2015 foi marcado pelo surgimento de diversas redes sociais que inovaram o mercado, cada uma de sua forma. Talvez a mais marcante dessa época seja o Tinder, uma plataforma que alterou toda a forma de paquerar no digital. Quem nunca entrou no Tinder para brincar um pouco atire a primeira pedra kkkk.


Mais para frente, tivemos dois lançamentos do Twitter: o Vine, que traz uma plataforma de vídeos de 6 segundos, e o Periscope, que inova o conceito de lives na internet; e ao seu lado vem a Twitch, comprada pela Amazon, mais focada no segmento dos games, com formas únicas na interação entre o criador de conteúdo e o usuário, algo que foi cada vez mais se aprimorando e aderido pela comunidade. Entre esses anos, tivemos a descontinuação do MSN, que foi incorporado no Skype, talvez uma das primeiras redes sociais famosas a ser fechada, e logo em seguida, em 2014, o Orkut também caiu.


Já começamos 2016 com o Fotolog, saindo logo logo do ar por motivos óbvios, né? Em 2018, eles voltam com um novo layout, mas em seguida, em 2019, evaporam novamente. Voltando para janeiro de 2017, tivemos o triste fim do Vine, com apenas 4 anos, talvez a rede social mais famosa com o menor tempo de vida. Até hoje, muitas pessoas ainda fazem memes do Vine e falam do quão bom era essa época, mal sabia o Twitter do quanto o TikTok cresceria…


Falando em TikTok... O ano de 2016 também é marcado pela criação do Musical.ly, irmão do Vine, que depois de dois anos mudou seu nome para TikTok, e teve o seu verdadeiro boom em 2020. Desde sua criação, essa plataforma conta com um poder criativo enorme e um algoritmo potente e veloz, o que se torna algo extremamente viciante.


A partir disso, nós vemos diversas plataformas sendo desativadas, como a gigante Yahoo Messenger, ativa desde 2008, que fechou após 10 anos de vida, o que foi considerado o fim de uma era, já que foi uma das primeiras redes de conversas de grupo e compartilhamento de arquivos em tempo real.


Logo em seguida vemos a queda definitiva do Google+, uma das tentativas de ser algo parecido com o Facebook e também sendo o canal de todas as contas Google. Teve seu golpe final quando rolou o vazamento de dados de meio milhão de contas – e a gente bem sabe que a proteção dos dados é uma preocupação ainda maior a cada dia (alô LGPD).


Em 2021, presenciamos o fim do Periscope, que contou com a influência da Twitch, Youtube e Facebook Gaming, dominando o mercado de streaming, uma vez que são plataformas das maiores empresas do mundo (Amazon, Google e Facebook). Com uma UX exemplar e inovadora, que se aprimora a cada momento, permite que o usuário entre em contato direto com o criador, além de cultivarem a cultura dos E-Sports - principalmente a Twitch -, algo que vem crescendo exponencialmente a cada ano.


Vale mencionar o MySpace também: mesmo não tendo sido descontinuado, essa plataforma já vem se arrastando há um tempo. Surgiu um ano antes do Facebook, em 2003, com a mesma premissa e chegou a ser uma das redes mais famosas do mundo, mas apanhou da concorrência, que trouxe muitas inovações. Ela chegou em um ponto em que se especializou no segmento da música: é um lugar onde as pessoas podiam estar em contato com os seus músicos favoritos, chegando a ouvir lançamentos antes da publicação ou até mesmo saber um pouco mais da vida dos artistas. Mas não precisamos nem dizer que Facebook, Twitter, Youtube, Twitch, Instagram e TikTok engoliram essa funcionalidade, sem contar o Spotify e o Deezer, que são ainda mais focados em música.


Além de todos esses recursos cada um mais inovador que o outro, todas as redes que se mantém em pé também conseguiram expandir a sua plataforma para um âmbito profissional, abrindo a possibilidade para ganhar dinheiro através delas ou promover seus negócios, atingindo uma quantidade infinitamente maior de pessoas.


O grupo Facebook é o maior exemplo disso, já que quase todas as marcas estão presentes em suas plataformas, interagindo com seu público e promovendo posicionamento, conteúdo e produtos/serviços. Para a rentabilização direta, o destaque é o Marketplace presente dentro do Facebook e Instagram: uma aba completamente intuitiva, que facilita a compra e venda de produtos, permitindo troca de mensagens com o anunciante e pagamento dentro da própria plataforma, o que facilita ainda mais o desenvolvimento dos negócios, sem contar que a marca tem a base inteira de usuários ao seu dispor.


O WhatsApp não foi esquecido pela gigante azul não! Em 2020, também chegou o WhatsApp Pay, uma forma de pagamento em cartão pela própria plataforma que permite realizar transferências, enviar e receber dinheiro para/de usuários. Com o WhatsApp Business, a possibilidade de cadastrar mensagens automáticas e catálogos de produtos/serviços também levam a rede para além dos usos pessoais.


Respondendo à pergunta: ficou nítido o motivo por certas redes não fazerem tanto sucesso quanto as outras. É necessário estudar e entender o consumidor e o usuário sempre, para acompanhar os comportamentos a fim de identificar tendências antes delas serem materializadas – aí sim temos inovação!


Todas as redes sociais que vemos fazendo sucesso hoje têm um algo a mais e, mesmo assim, elas estão em constante desenvolvimento. É recurso que não acaba mais e cada vez mais voltado para o interesse do consumidor - e se for algo personalizado, melhor ainda!


Agora fica o questionamento: até quando essas redes sociais manterão as suas atividades? Quais serão as próximas que virão para substituir ou fazer parte das gigantes? O que será que elas trarão de novo?


Referências:












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