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Acessibilidade: já passou da hora

A acessibilidade é essencial para desenvolvedores e organizações que desejam criar sites e ferramentas de alta qualidade

Quando sites e ferramentas da web são projetados e codificados de forma adequada, pessoas com algum tipo de deficiência podem usá-los. Porém atualmente muitos blogs, aplicativos e portais são desenvolvidos com barreiras de acessibilidade, o que os tornam difíceis ou impossíveis de serem usados por todos.

A web é fundamentalmente projetada para funcionar para todas as pessoas, independentemente de seu hardware, software, idioma, local ou limitações. Quando atinge esse objetivo, é acessível a pessoas com uma ampla gama de capacidades auditiva, de movimento, de visão e cognitiva. Top, né? :D

Assim, o impacto de toda e qualquer deficiência é radicalmente minimizado na rede porque remove as barreiras à comunicação e à interação que muitas pessoas enfrentam no mundo físico. No entanto, quando sites, aplicativos, tecnologias ou ferramentas são mal projetados, podem criar barreiras que impedem as pessoas de navegarem no mundo online :/

A acessibilidade é essencial para desenvolvedores e organizações que desejam criar sites e ferramentas de alta qualidade, e então não excluir quaisquer pessoas do uso de seus produtos e serviços. Ou seja, poder atender todo mundo, sabe?

A web é um recurso cada vez mais importante e é essencial que ela seja acessível para oferecer uso e oportunidades iguais a pessoas com desenvolturas e limitações diversas. O acesso às tecnologias de informação e comunicação, incluindo a web, é definido como um direito humano básico presente na Lei Brasileira de Inclusão (LBI), e possui um artigo específico estipulando que todos os sites brasileiros sejam acessíveis!!!

Mas…

Lamentavelmente, de acordo com o portal online da revista Galileu, em 2019 foi publicado um novo relatório indicando que 99% dos sites ativos no Brasil não são acessíveis para pessoas com deficiências visuais, sejam elas quais forem! :o Realizado pela BigData Corp - empresa especializada no trabalho com um grande conjunto de dados (BigData) -, e pelo Movimento Web Para Todos (MWPT), o levantamento chocou muita gente - nós inclusive!“

O Brasil possui, atualmente, mais de 24 milhões de portais registrados. De todos, somente 0,61% dos sites passaram em testes de acessibilidade, e 99,39% tiveram pelo menos uma falha que dificulta a navegação de pessoas com deficiência.” Mas, gente… sério? Em pleno ano de 2020?

Mas agora pára tudo… pasmem: apenas 0,6% dos sites DO GOVERNO são considerados acessíveis!!! Gente, É LEI e nem o próprio Governo brasileiro está atualizado com isso… E pensando bem, o percentual de todos os sites do Brasil com acessibilidade é ainda maior que o dos sites do Governo! Inacreditável, né? Lamentável, na verdade :(

Ao desenvolver um site, é necessária uma avaliação prévia à acessibilidade e outra durante todo o processo de desenvolvimento, para identificar problemas antecipadamente facilitando a resolução. Algumas ferramentas que auxiliam o uso da web por pessoas com deficiência são, por exemplo, o uso de cores com bastante contraste; a descrição ativa dos elementos na tela (principalmente de imagens); a possibilidade de zoom nos elementos e textos; o som com controle de volume; e elementos touch que não sejam essenciais.

Para ter certeza que seu site seja acessível, é sempre bom checar se cumpre os 5 requisitos básicos:

Possuir alternativas de texto para tornar seu conteúdo mais compreensível;

Disponibilizar todas as funcionalidades do site para navegação via teclado;

Ajudar o usuário a navegar (como com um mapa do site ou algo parecido);

Fazer com que as páginas sejam acessadas de modo previsível e naturalmente intuitivo;

Maximizar a compatibilidade com tecnologias assistivas.

Adicionar "Alt Text" apropriado a todas as imagens; usar títulos corretamente e nas proporções adequadas; adaptar as formas a leitores de ecrã e usar um template acessível também são excelentes dicas para que seu site seja inclusivo! :))

O contraste é importante para os diversos tipos de daltonismo; a descrição, para cegueira; o volume do som para surdez ou audição prejudicada; entre outros fatores super relevantes para que a experiência de todo e qualquer usuário seja completa!

Concluindo: as redes online, em geral, são um aspecto cada vez mais importante em diversas questões da vida e da construção social, que incluem: educação, emprego, governo, comércio, assistência médica, recreação etc. Uma rede acessível pode ajudar as pessoas com deficiência a participarem mais ativamente da sociedade.

Além disso, um site acessível costuma ser a maneira mais fácil de fazer negócios com muitas pessoas com deficiência, por exemplo com pessoas que tem dificuldade em ir a uma loja física. E ainda, o que você faz pela acessibilidade se sobrepõe a outras práticas recomendadas, como design para dispositivos móveis, responsividade do desktop para o mobile, se você não está atuando com “mobile first” - que deveria ;) - , usabilidade (estudos de UX) e otimização de mecanismo de pesquisa (a famosa indexação, sabe?).

Ou seja, um site acessível disponibiliza informações e promove maior interação para muitas pessoas com deficiência. Assim, as barreiras de acessibilidade à mídia impressa, áudio e visual podem ser superadas com muito mais facilidade por meio das tecnologias da web :)

Então bora todo mundo deixar os sites acessíveis, ok? Integração e igualdade!!!

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