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Pet love - a mega tendência

“Aaaaai ti bunitinho!!!” Com certeza você já ouviu isso - se é que não foi você quem falou!!!

Segundo o prof. dr. Fábio Mariano Borges, há uma tendência se materializando de forma bastante significativa: o pet love. Mas o que ela é? Como vem crescendo? E, talvez o mais importante, por quê?

Nos últimos anos, percebemos uma mudança no comportamento das pessoas e a ascensão da denominada “família multiespécie”. Este novo modelo de família inclui, além dos pais/mães e filhos/filhas, os animais de estimação, especialmente os cães e gatos. Segundo Ceres Berger Faraco, presidente da Associação Médico-Veterinária Brasileira de Bem-Estar Animal e professora de Psicologia, é impossível pensar na família, atualmente, sem considerar a interação humano-animal. Vai dizer que não?!

Esta é uma tendência mundial e, no Brasil, cerca de 60% dos lares têm como moradores pessoas e animais de companhia, de igual pra igual! Não é à toa que estudiosos reveem o conceito de família... Se, antes, o principal critério eram os laços de sangue e DNA, formando o modelo tradicional de pai, mãe e filhos, hoje, são os laços afetivos que unem pais, filhos e pets. Que lindo!

<3Nós, brasileiros, somos o segundo maior mercado para pets do planeta, atrás apenas dos EUA – com 139 milhões de animais de estimação, de acordo com o Instituto Pet Brasil junto ao IBGE. E o mais curioso é que quem não possui seu próprio bichinho brinca e finge que tem a partir de diferentes filtros do Instagram que viralizam! Já viu isso? Rs...

Segundo o Instituto Pet Brasil, ainda, o país tem aproximadamente mais de um animal de estimação para cada dois habitantes. Eles conquistaram os lares brasileiros e são considerados, por quase todas as pessoas, parte da família! Que dó de quem questionar um dono de pet!!! Com isso, a preocupação do mercado em criar produtos que promovam o bem-estar dos animais - será que ainda podemos chamá-los de animais? Rs

De fato, o que mais chama a atenção é a expansão de produtos e serviços para animais, que pegam carona no desejo dos donos em agradar seus filhos de quatro patas :) Esse fenômeno pode até ser traduzido em números: estudos preveem um faturamento de R$ 20 bilhões no mercado pet 2020 no Brasil!!! :o

Não faltam serviços diferentes: além de segmentos básicos, como clínicas veterinárias e pet shops, também há creches, adestradores, passeadores, babás, nutricionistas, hotéis, clínicas específicas para espécies exóticas, padarias, confeitarias, buffets de festas, spas, resorts e até funerárias. Dá um Google… você vai se surpreender!

Para manter diferenciais neste mercado, que está cada vez mais competitivo, não param de surgir novas abordagens. Michelson Found Animals, uma organização sem fins lucrativos de bem-estar animal, realizou uma pesquisa com mais de mil donos de cães e gatos a fim de mapear as materializações dessa tendência da indústria de pets. A pesquisa concluiu que tecnologias inteligentes, terapias alternativas e comida “de verdade” serão cada vez mais presentes.

Dentre as tendências tecnológicas que estão surgindo, e que devem se expandir nos próximos anos, estão: câmeras de monitoramento para vigiar e conversar com animais enquanto os donos estão fora de casa (a la babá eletrônica), brinquedos inteligentes, “Uber” de pet (transporte de animais para creches ou clínicas), aplicativos de gestão da nutrição animal (oi???), lojas ou centros veterinários móveis, telemedicina veterinária, microchips veterinários e rastreadores de atividade e localização. Segurança, saúde, bem-estar… se nós, humanos, temos, por que eles não?

Dentre as terapias alternativas, podemos destacar massagens, quiropraxia, fisioterapia, hidromassagem, acupuntura e, também, o uso do CBD para reduzir picos de estresse, inflamação e tratar dores crônicas. Algumas dessas metodologias até já são utilizadas, principalmente em animais atletas, mas não com a frequência que se estima num futuro próximo ;)

Com relação à alimentação, a principal tendência é a redução do consumo de rações, principalmente as que contém altas taxas de sódio e corantes, optando pela substituição por alimentos frescos. Manter uma nutrição orgânica e balanceada para pets pode ser difícil e muito caro, mas, segundo a Internet Business Times, é o segmento que mais cresce nessa indústria! Fique de olho nessa oportunidade; não é só modinha não!!!

Mas... por que tudo isso?

Os motivos para adotar ou comprar um bichinho são muitos. Nós, seres humanos, somos afetados pelo ambiente em que vivemos e as mudanças sociais e econômicas impactam diretamente o nosso comportamento. No geral, as pessoas optam cada vez menos por ter filhos e pensam mais no peso dessa decisão. Sendo assim, ter um pet pode ser visto como uma alternativa para suprir a necessidade de afiliação dentro desta realidade socioeconômica.

Assim como em países como Estados Unidos e Japão, o número de animais de estimação que convivem com as famílias supera o de crianças até os 12 anos. Segundo o IBGE, em cada 100 famílias, 44 têm, por exemplo, cachorros, e apenas 36 contam com crianças.

Levando em consideração, ainda, o aumento do período da adolescência e do interesse tardio na constituição de família humana, os millennials optam pelo desenvolvimento de um elo mais profundo com os bichos como alternativa para companhia e troca de afeto. Por sinal, provavelmente o amor mais verdadeiramente recíproco é o de uma pessoa com seu cachorrinho, né?!

Mas, além disso, existem outros cenários: há quem deseje um pet pois não se sente capacitado para ser mãe ou pai de um filho humano e prefere “treinar” antes (yes, that’s real); há, também, os casais que não se sentem atraídos pelo projeto de ter um filho, mas desejam aplicar o exercício parental com os pets; ou, ainda, famílias com uma criança que desejam que ela tenha um 'irmão' pet para interagir!

A relação familiar com os animais oferece vantagens aos donos porque estimula a bioquímica cerebral. Pesquisas sugerem que há uma liberação de dopamina, serotonina e oxitocina, neurotransmissores associados ao prazer, minimizando ou prevenindo sintomas depressivos, diminuindo o estresse e a pressão arterial. Tudo de bom!!!

Para compreender esta tendência de uma forma mais profunda, Faraco apresenta pesquisas com diferentes teorias para estes fortes laços entre pessoas e pets:

Um estudo de Edward Wilson, conhecido como A Teoria da Biofilia, diz que os humanos aprenderam a avaliar o ambiente a partir da presença de outras espécies. Logo, quando os animais criados em casa estão tranquilos, significa que todo o ambiente está tranquilo, sabe?

Outro conceito apontado foi A Teoria do Apego, que consiste na ideia de que os seres precisam ter alguém de referência para crescer e se desenvolver. Isso também acontece com os animais: podemos observar este apego deles em relação aos seres humanos e vice e versa...

E, por fim, uma das últimas descobertas científicas, publicada na revista Science, é que os cães amam sua família com o mesmo amor do bebê por sua mãe. WHAT???

E você? O que acha desse amor pelos pets? Considera um animal de estimação como parte de sua família?

Fonte:

https://www.petlove.com.br/dicas/familias-multiespecie-uma-tendencia-mundial

https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2019/10/11/a-revolucao-dos-pais-dos-bichos-economia-vai-mal-menos-para-os-pets.htm?cmpid=copiaecola

https://psicologiaanimal.com.br/familia-multiespecie-e-tendencia-mundial/

https://www.consumidormoderno.com.br/2019/10/22/pets-maiores-tendencias-industria/

https://www.terra.com.br/noticias/dino/a-tendencia-pet-friendly-movimenta-os-segmentos-de-alimentacao-servicos-e-saude,8921f328bff0b94b7904a51ac730bd597eds66ku.html

https://nfpet.com.br/blog/2019/12/mercado-pet-2020-confira-as-tendencias-e-ideias/

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